Trump proíbe cientistas americanos de contribuírem para relatório climático da ONU

Após anunciar a saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris, o então presidente Donald Trump impôs novas restrições à participação de cientistas americanos no Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), órgão da ONU responsável pelos principais relatórios sobre o estado do clima global.

A decisão proíbe pesquisadores dos EUA de colaborarem na confecção do próximo relatório do IPCC, um documento de referência mundial baseado em milhares de estudos revisados por pares e que norteia políticas ambientais em diversos países.

De acordo com especialistas, essa medida enfraquece a produção científica internacional sobre mudanças climáticas e limita o acesso dos próprios Estados Unidos a pesquisas fundamentais para compreender e mitigar os impactos ambientais.

O jornalista André Trigueiro comentou a decisão no programa Estúdio i, da GloboNews:

> "Cientistas estão proibidos de participar de qualquer movimento na confecção do próximo relatório do painel de mudança climática da ONU, que, na verdade, é o estado da arte da mudança climática. O IPCC é um colegiado de cientistas que fazem um enorme levantamento de todas as pesquisas feitas no mundo."

A retirada dos Estados Unidos do Acordo de Paris e o bloqueio à participação científica no IPCC foram amplamente criticados pela comunidade internacional. Ambientalistas alertam que tais ações prejudicam os esforços globais para combater a crise climática e podem ter impactos a longo prazo na economia e na segurança ambiental do próprio país.