Perseguição: áudio revela ordem de presidente da CBF a vigiar funcionários no Qatar
- Eh Tudo Pop Notícias
- 11 de abr.
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Gravação vazada expõe clima de tensão e vigilância durante a Copa do Mundo
Um áudio vazado com exclusividade nesta sexta-feira (11) revelou um suposto esquema de vigilância interna ordenado pelo presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) durante a última Copa do Mundo, realizada no Qatar, em 2022. Na gravação, cuja autenticidade está sendo analisada por especialistas, é possível ouvir uma voz atribuída ao presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues, determinando a "monitorar de perto" os passos de funcionários e membros da delegação brasileira.
“Quero saber com quem estão falando, onde vão, o que estão dizendo. Não quero surpresa. Quem reclamar, está fora.” diz a voz no áudio, que teria sido gravado durante uma reunião privada com assessores próximos.
O conteúdo gerou forte repercussão nos bastidores do futebol brasileiro. Fontes ligadas à delegação afirmaram que, na época, o clima já era de desconfiança e que celulares e conversas eram frequentemente monitorados por ordem da alta cúpula da CBF.
"Era como viver em um Big Brother, mas sem prêmio no final. Tínhamos medo até de conversar entre nós", relatou, sob anonimato, um ex-funcionário da entidade.
Advogados especializados em direito trabalhista e privacidade classificaram o caso como grave. “Se confirmado, estamos diante de uma violação clara dos direitos dos trabalhadores e da intimidade dos funcionários, ainda que em um ambiente corporativo”, comentou o jurista Ricardo Mendes.
A CBF, por sua vez, negou a veracidade do áudio e emitiu nota oficial afirmando que se trata de uma “manipulação mal-intencionada para atacar a atual gestão”. A entidade também anunciou que tomará medidas legais contra quem divulgou o material.
Até o momento, o presidente Ednaldo Rodrigues não se manifestou diretamente sobre o conteúdo do áudio.
O caso promete se desdobrar nos próximos dias e deve ser debatido inclusive no Congresso Nacional, onde parlamentares já pedem a convocação de dirigentes para explicações formais.
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