Ex-prefeito de Bandeirantes assume cargo na Câmara com salário superior ao de vereador
- Eh Tudo Pop Notícias
- 24 de fev.
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A recente nomeação do ex-prefeito de Bandeirantes, Gustavo Sprotte (PP), para um cargo na Câmara Municipal tem gerado questionamentos entre os moradores da cidade. Derrotado na eleição para a Prefeitura em 2024, quando terminou em terceiro lugar com 29,81% dos votos (1.618 votos), Sprotte rapidamente retornou ao serviço público, assumindo um cargo de nível superior na estrutura legislativa do município.
O que mais chamou atenção foi a remuneração do ex-prefeito. Enquanto os vereadores da cidade recebem um salário de R$ 6,9 mil, Sprotte receberá mais de R$ 7 mil. O presidente da Câmara, vereador Jair Pereira (PP), responsável pela nomeação, justificou a diferença salarial afirmando que o cargo ocupado pelo ex-prefeito exige formação em nível superior. De acordo com Pereira, essa bonificação só é concedida mediante a apresentação de um diploma, o que foi cumprido por Sprotte.
Cenário político conturbado em Bandeirantes
Gustavo Sprotte já teve uma trajetória de idas e vindas na administração municipal. Ele assumiu interinamente a Prefeitura de Bandeirantes em 2021, após ser eleito presidente da Câmara. Na época, o então prefeito eleito Álvaro Urt (PSDB) foi impedido de tomar posse, levando Sprotte ao comando do município. Nas eleições de 2024, ele tentou a reeleição, mas perdeu para o mesmo Urt, que obteve 38,45% dos votos (2.087 votos), seguido por Celso Abrantes (PSD), com 31,17% (1.692 votos).
Entretanto, Álvaro Urt novamente foi impedido de assumir o mandato devido a pendências judiciais e aguarda uma decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que pode definir sua posse ou a realização de uma nova eleição municipal. Com essa incerteza, o atual presidente da Câmara, Jair Pereira assim que assumiu a presidência da câmara municipal, empossou o Sprotte em um cargo estratégico dentro do Legislativo.
A movimentação política tem gerado debates entre a população, com alguns questionando se a nomeação do ex-prefeito configura favorecimento político. Outros defendem que a nomeação segue as regras da administração pública, especialmente no que diz respeito à exigência de formação superior para o cargo. O desenrolar desse cenário ainda depende da decisão do TSE, que pode trazer novas reviravoltas à política local.
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