Suspeitas de Irregularidades Marcam Participação de Bandeirantes na Copa Assomasul Série B

A participação da equipe de futebol do município de Bandeirantes na Copa Assomasul Série B, disputada neste fim de semana em Caracol, está envolta em polêmicas. Moradores e representantes locais questionaram a regularidade das contratações dos atletas que defenderam a cidade na competição.

Diante das denúncias, foi feito contato com a Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul) para acesso ao Regulamento Geral da competição. A entidade orientou que um ofício fosse encaminhado ao Diretor de Esportes e prefeito de Costa Rica, Delegado Cleverson, o que já foi protocolado.

Segundo o regulamento anterior da Copa Assomasul, “somente poderão participar do campeonato servidores públicos municipais”, e a data limite para contratação seria 10 de abril. Há suspeitas de que servidores teriam sido contratados apenas para disputar o torneio, sem cumprimento real de carga horária no órgão público, o que pode configurar ato de improbidade administrativa, com dano ao erário e enriquecimento ilícito.

Além disso, chamou atenção o uso de um ônibus da empresa GWA, contratada para o transporte escolar do município com valor próximo a R$ 4 milhões, para levar os atletas ao evento. A possível utilização indevida do transporte público reforça os questionamentos sobre má gestão dos recursos.

Enquanto isso, autoridades locais mantêm silêncio. Um vereador que responde a acusações de candidatura laranja e fraude na cota de gênero de seu partido estaria apoiando as ações do atual prefeito interino, acusado de promover as irregularidades e de favorecer o sobrinho, que atualmente ocupa o cargo de secretário de Esporte e Cultura do município de Bandeirantes.

"Isso é uma vergonha! Bandeirantes já não tem crédito e agora, com esse prefeito interino, a situação só piora. Ele fala muito e faz pouco. A cidade precisa de um hospital funcional, não de marketing em torno de futebol", desabafa um morador indignado.

Moradores também cobram posicionamento do vereador Valdir Péres, eleito para fiscalizar os atos do Executivo, e denunciam que obras da saúde seguem paradas enquanto o foco do poder público parece estar em atividades secundárias.

“Esse caso vai além do esporte. O futebol deve ser um exemplo de disciplina, mas está sendo usado como ferramenta para possíveis esquemas irregulares. Enquanto isso, a saúde pública agoniza”, conclui um morador do município.

A população aguarda com expectativa a divulgação do regulamento oficial de 2025 e possíveis providências dos órgãos de controle.